SDA NEWS 005

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O primeiro torneio PSA 1K começa dia 21/02 em Curitiba. O atual campeão brasileiro, PEDRO MOMETTO, será o cabeça de chave #1 do torneio, e os jogadores juvenis MURILO PENTEADO e ISAIAS MELO, que acabaram de voltar do sul-americano, também entrarão em quadra para provar que a nova geração vem firme.

Vamos acompanhar tudo e, na próxima semana, falaremos sobre os resultados.

O circuito PSA seguiu com 2 torneios nos EUA, sendo um de 110K (masculino) e outro de 51K (masculino/feminino), com a juvenil AMINA ORFI (16).

Pelo circuito Challenger Tour, tivemos o 12K (masculino/feminino) na Inglaterra, com a presença do também juvenil ZAKARIA (16), agora como #81 no ranking.

Esses dois atletas do Egito têm resultados impressionantes no currículo no primeiro ano como profissionais.

ZAKARIA disputou 23 partidas e venceu 19.

AMINA ORFI já ganhou 3 títulos e é a #13 da PSA.

É muito interessante acompanhar jovens talentos no esporte e como são capazes de adquirir tanto conhecimento e habilidade em pouco tempo; a curva de desenvolvimento é muito acentuada.

Quem assistiu aos jogos no SUL-AMERICANO pode presenciar esse nível de jogo e como é bonito ver o esporte sendo praticado em alto nível.

Os jogadores tops Sub19 causam grande impacto nos circuitos e atingem posições entre os 100 melhores do mundo.

Claro que isso é para poucos, pois exige muito tanto do atleta quanto da família, e são escolhas que têm seus prós e contras.

Sempre digo aos meus filhos que o maior conselho que posso dar a eles como atletas é: Estude e se divirta.

Uma linda entrevista com a campeã e FAIR PLAY do ano, CLARA BRAGA, que mora, estuda e treina nos EUA na Universidade de Chatham.

Sua rotina de treinos mudou aí? Você sempre treinou muito aqui também, né?

Clara: Mudou bastante! Admito que tive uma experiência no exterior um pouco anormal porque meu técnico se demitiu logo que cheguei. Então, tive que aprender a encaixar treinos baseados na minha rotina pessoal e também a treinar sozinha, sabendo que minha motivação sempre tem que vir de mim, de mais ninguém, porque, no final das contas, quem quer isso sou eu. E sim, sempre treinei muito, tanto no Brasil quanto aqui.

Você está aí há quanto tempo? Já jogou campeonatos? Como é a rotina de competição?

Clara: Estou aqui há uns 6 meses e, como a temporada de squash é durante essa época, já joguei vários torneios. A rotina é bem intensa mas também muito divertida. Você viaja de ônibus com seu time inteiro e geralmente só joga um jogo por dia e volta. Parece simples, mas às vezes as viagens são de 8 horas, e ainda temos responsabilidades como alunos, então muitas vezes fazemos deveres enquanto viajamos, e logo após retornar, a vida de faculdade continua a todo vapor. Mesmo assim, passamos muito tempo em equipe, o que cria histórias e momentos legais. Não só isso, mas existe a oportunidade de conhecer excelentes atletas e técnicos de todos os lados do mundo.

Qual é a maior dificuldade de morar fora?

Clara: Não vou mentir, há várias. Você está longe da família e amigos (uma rede de apoio emocional muito importante), num lugar onde as pessoas se comportam de forma diferente, o clima é bem frio e a comida é ruim (risos). Admito que, por estar no começo, ainda é difícil, mas após os 6 primeiros meses dizem que melhora, e realmente melhora! Você aprende a fazer novas amizades, entende que não adianta comparar sua realidade no Brasil com a de fora (porque é um ambiente diferente, então vai ser diferente) e se acostuma com o frio. Tudo isso faz parte. Todo mundo, eu imagino, pensa em desistir no começo, o que é normal. O importante é continuar porque, uma hora, vai melhorar. Parte de ser atleta é aprender a passar por momentos difíceis e superá-los, o que nessas horas é muito importante.

Jogar torneios PSA é uma meta?

Clara: Por enquanto, sim! Admito que meu maior sonho é representar o Brasil, então minha maior meta por enquanto são as Olimpíadas de 2028. 😉

O que representou para você ter ganhado a SUB19 em casa no seu último SUL-AMERICANO?

Honestamente, foi um sonho de muitos anos realizado. Sempre tive na minha cabeça que eu teria que ter a melhor despedida do juvenil. E, por algum motivo, há uns 5/6 anos, mas eu também sempre tive a imagem de eu virando para trás (para a plateia) e comemorando por ganhar meu último torneio como juvenil, no Capital Squash Center. Assim que anunciaram o Sula e onde seria, essa imagem ficou cada vez mais clara na minha cabeça. Então, posso dizer que foi um sonho de longa data sendo realizado da melhor forma possível, rodeada das melhores pessoas possíveis!

Depois de 7 dias de torneio em Brasília, com infinitos jogos, minha dúvida era quem iria ser o primeiro a entrar em quadra.

O torneio terminou no sábado, e na segunda-feira, os meninos da Capital já mandaram fotos de um 21 só para descontrair, aff.

Só por hoje para esses meninos, Matheus Frabetti e Bernardo Dias.